Nova postagem.

 2025.

Mesmo layout aqui de tantos anos atrás.

Eu vinha ensaiando voltar a escrever aqui novamente mas tive o ímpeto de retornar somente agora como uma Fernanda que vem encontrando a si mesma, eu a chamo carinhosamente de Fê, com ela e para ela escrevi cartas, acessamos o seu inconsciente e descobrimos coisas que nem sequer imaginávamos. 

Foi preciso muita coragem e ao mesmo tempo dedicação para que isso acontecesse, a ansiedade veio como um alarme de emergência e foi através dela que eu pude chegar até aqui, muitas e muitas vezes doendo demais, doendo com sentido e outras aparentemente sem. Hoje sei que a consciência e a construção da consciência da realidade não vem de uma vez, a mente recebe aquilo que ela está preparada, já passei pelos estágios de raiva, de confusão e alguns outros até o entendimento, que ao meu ver é parcial, visto que as razões do espírito eu ainda não sei, mas aceito e agora me encontro aqui tendo deixado no chão os tantos pesos que carreguei durante a vida e que na verdade nunca foram meus. 

Os primeiros assuntos que tratei da ordem psicológica foram os que eu achava que tinham correlação com a minha ansiedade, a descarga emocional em cada um era grande então o tempo, literalmente o senhor da razão, foi um aliado mas também em concomitância trouxe aflição por precisar correr da forma que tinha que ser. 

Eu me orgulho de todo esse caminho que tenho percorrido, é importante dizer que por escolha minha desde o ínicio não tomei remédios físicos, o remédio não é tentar interromper o que existe e sim descobrir o porquê existe. E foi o que eu fiz e venho fazendo. Existem muitos temas que pretendo trazer em novos textos aqui, colocar aqui o que aprendi, racionalizei, como sinto que evolui nesse processo, nas novas postagens trarei falas minhas e análise delas. 

Posso dizer que mesmo tendo escrito aqui por tantos anos e também fora daqui como uma forma de colocar meus sentimentos, digo que muitas vezes chorei pelos dedos, eu possuía uma venda nos olhos da minha consciência, tinha os sintomas do que vivi mas não o entendimento e muito menos a compreensão e compaixão comigo mesma.

Hoje não sou mais a menina de 17 anos que escrevia aqui mas sou a mesma que consciência que viveu tudo isso. Ainda estou no processo de acolher essa menina mas a criança que ela foi já se encontrou comigo e pode ouvir aquilo que sempre precisou, ter o carinho, o silêncio, o sorriso e a presença que ela sem dizer sempre esperou.

Com carinho, Fê.


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