Minha maior lição é conviver comigo mesma.

Procurei em tantos textos, eu esperei uma resposta de outras pessoas para que elas arranjassem um jeito de eu parar de me esconder em você. Nenhum texto respondeu porque neles não cabiam isso tudo, a resposta das pessoas nunca foi suficiente porque elas colocavam esperança onde não existia. Procurei um texto para postar despretensiosamente mas nenhum mencionaria o que eu vivi... Eu esperei o tempo passar, diziam que ele curava. O tempo trouxe tantas coisas mas não levou tudo que deveria. Todas as sensações exprimem-se dentro de mim. Deixei de pensar no passado! Ufa! Mas no presente você está sem estar, atrapalhando todo um futuro que eu pensava que estava construindo. Fiquei sem saber o que esperar. Droga de interação humana! Eu quis fazer uma terapia, uma regressão que ao menos explicasse essa dicotomia. Desisti. Eu quis ir até o futuro para ver se te encontrava por lá ou se apenas seria uma poeira. Eu só queria saber de alguma coisa diferente dessa confusão. Ensaiei pensamentos mas na apresentação final não entrei no palco da minha própria mente. Tornei-me alguém que conseguiu perder-se dentro de si mesmo... Eu penso que isso tudo agora já passou dentro de você, talvez isso nunca tenha existido. Parei de tentar criar alguém porque isso cega no momento em que quero ver. Na  playlist que criei favorita do Spotify todas as músicas lembram você. Eu dormi, pedindo a Deus, que esquecesse tudo que não era verdadeiro. Acordei diposta a seguir em frente mas a tv, o telefone, a fala... pareciam estar em um acordo para que eu lembrasse e tentasse fazer cara de forte. Por muitas vezes eu pensei que estava sendo egoísta, até que ouvi: você deve ser egoísta para poder pensar em si mesma. Nada coube, nada talvez tenha existido da maneira como eu achei. Eu juro! Eu tentei e tento. Eu sei que estou errada. Errei querendo acertar. Nunca acertei.  A minha maior lição é conviver comigo mesma e não há como fugir.                                        .                                                                                                                                                                       Fernanda.